Ê tempo bom de quando menino e eu adorava ir no trem para Vitória. Não saía da janela e chegava lá com a carinha toda preta de minério. Por coincidência estou escrevendo sobre isso. Um abração
Arina, rainha dos astros e sóis Que nos aquece e jamais esquece Quem ama, se da tarde os atóis Se inundam, eis que singela se oferece E declama, como à luz de sua chama, nos tece.
E nos tem, sob protecção e tutela Quando ao troar das trombetas liberta O passado de seu túmulo e ao tempo acerta Dando ao futuro o acumulo duma janela Aberta, lente virtual que nos modela Em alerta acenado A deus Erguendo as mãos aos céus Como Ela.
Dez dedos que são os nossos Com outros dez que são os seus, Depondo no alfabeto águas e ossos Qual Xis a bailar ondeando véus De gazes, de tules, de seda rosada Estampados dédalos e labirintos Cujas pétalas desenhadas camada A camada, nos instruem os instintos Nos sete sentidos da rosa desfolhada:
Olhar de pétala, lábios de veludo Táctil cálice cuja sépala escuta A concha do mar a degustar o escudo No registo do Outro que tão-só executa A empatia ao semear-nos pelo mundo.
E assim, água ardente vertida de oceano Em oceano, sistema de líquido contínuo Irriga-nos de sangue todo o ano Por uma gota de momento exímio E exíguo no equilíbrio suserano De dois triângulos unidos pelo vértice Da língua, enlaçadas margens do cálice Na máxima míngua do estremecido ápice.
Comunhão do poder entre géneros Acesos raios aquilinos do Sol universal Onde o abraço resoluto das sementes e sócios Gémeos nascidos da mesma luz na espiral Em que os ócios merecidos são do labor igual Além de mais igualmente da natureza – os números Que põem e dispõem, ordenam o nível Entre o lido e o por ler, o eterno e o perecível; Entre o terreno e o espiritual, a matéria e o imortal
Meu filho tem 3 anos e meio, e é fascinado por trens. Estou fazendo um vídeo para ele, com fotos de trens e encontrei seu blog. AMEI!! Quero ver se você me autoriza colocar sua poesia no meu blog, no meu proximo post, que vou falar sobre esse encantamento todo que ele tem por trens. Obrigada!! Bjos.
Alguém que se descobre a cada dia. Busco refletir sobre mim mesma e o mundo que me circunda, retratando no que escrevo aquilo que sinto, observo, penso e/ou simplesmente invento. Amo a poesia e escrevo para adultos e crianças.
Ê tempo bom de quando menino e eu adorava ir no trem para Vitória. Não saía da janela e chegava lá com a carinha toda preta de minério. Por coincidência estou escrevendo sobre isso. Um abração
ResponderExcluirOlá Úrsula,
ResponderExcluirMais uma bela poesia infatil!
Beijos e até mais...
http://historiaparacriancalerouviresonhar.blogspot.com
Vigésimo Cálice
ResponderExcluirArina, rainha dos astros e sóis
Que nos aquece e jamais esquece
Quem ama, se da tarde os atóis
Se inundam, eis que singela se oferece
E declama, como à luz de sua chama, nos tece.
E nos tem, sob protecção e tutela
Quando ao troar das trombetas liberta
O passado de seu túmulo e ao tempo acerta
Dando ao futuro o acumulo duma janela
Aberta, lente virtual que nos modela
Em alerta acenado A deus
Erguendo as mãos aos céus
Como Ela.
Dez dedos que são os nossos
Com outros dez que são os seus,
Depondo no alfabeto águas e ossos
Qual Xis a bailar ondeando véus
De gazes, de tules, de seda rosada
Estampados dédalos e labirintos
Cujas pétalas desenhadas camada
A camada, nos instruem os instintos
Nos sete sentidos da rosa desfolhada:
Olhar de pétala, lábios de veludo
Táctil cálice cuja sépala escuta
A concha do mar a degustar o escudo
No registo do Outro que tão-só executa
A empatia ao semear-nos pelo mundo.
E assim, água ardente vertida de oceano
Em oceano, sistema de líquido contínuo
Irriga-nos de sangue todo o ano
Por uma gota de momento exímio
E exíguo no equilíbrio suserano
De dois triângulos unidos pelo vértice
Da língua, enlaçadas margens do cálice
Na máxima míngua do estremecido ápice.
Comunhão do poder entre géneros
Acesos raios aquilinos do Sol universal
Onde o abraço resoluto das sementes e sócios
Gémeos nascidos da mesma luz na espiral
Em que os ócios merecidos são do labor igual
Além de mais igualmente da natureza – os números
Que põem e dispõem, ordenam o nível
Entre o lido e o por ler, o eterno e o perecível;
Entre o terreno e o espiritual, a matéria e o imortal
Que lindo! Lembrou a minha infância, quando eu andava muito de trem e fica estática na janela vendo a paisagem passar. rsrs
ResponderExcluirMuito lindo!!! Lembrei das minhas viagens de trem...quanta saudade!!!
ResponderExcluirBeijos minha flor!!!
Lindo,Ursula, compo sempre!Acho que é amanhã que entrará texto teu por lá! beijos,chica
ResponderExcluirola
ResponderExcluirquerida muito amavel
adorei seu blog estou te seguindo se quiser siga-me
mil beijinhos
eu coloquei seu poema no meu blog .... muito lindo!!!
ResponderExcluirOi Ursula!!
ResponderExcluirMeu filho tem 3 anos e meio, e é fascinado por trens. Estou fazendo um vídeo para ele, com fotos de trens e encontrei seu blog. AMEI!! Quero ver se você me autoriza colocar sua poesia no meu blog, no meu proximo post, que vou falar sobre esse encantamento todo que ele tem por trens.
Obrigada!!
Bjos.
ninonforbeck@blogspot.com